Valorização de compostos bioativos provenientes de plantas aromáticas e medicinais autóctones

Valorização de compostos bioativos provenientes de plantas aromáticas e medicinais autóctones

Algumas das soluções desenvolvidas que poderão ter aplicação transversal ao nível das empresas dos setores agroalimentar, do ambiente, têxtil, tintas e calçado, dizem respeito à produção, extração e desenvolvimento de sistemas de conservação e delivery de compostos bioativos de plantas aromáticas, medicinais ou outras, com atividade antimicrobiana, antioxidante, aromática, etc.

Obtenção e seleção de compostos bioativos

Nesta fase e com vista a atingir o objetivo identificado, pretende-se: (1) obter o resíduo ou subproduto agro-industrial ou florestal e/ou efetuar o cultivo de plantas e/ou a realização de saídas de campo para colher o material vegetal; (2) selecionar os métodos mais adequados para a extração dos compostos bioativos de interesse; (3) efetuar a extração dos compostos bioativos; (4) identificação e caracterização dos extratos obtidos; (5) seleção dos compostos bioativos voláteis/aromáticos e com atividade biológica (antioxidante, antifúngica, antibacteriana), isoladamente ou de forma combinada.

Desenvolvimento de técnicas/formas de conservação e de sistemas de encapsulação de compostos bioativos

Para além da extração e isolamento dos compostos bioativos, é de todo fundamental desenvolver formas de conservação/aplicação e sistemas que garantam a sua eficácia por períodos relativamente longos. Com vista a atingir este objetivo, prevê-se:

(1) identificar a forma de conservação e aplicação mais adequada do(s) composto(s) em causa; (2) desenvolver sistemas de encapsulamento e de libertação controlada; (3) selecionar matrizes com interesse nas mais diversas áreas (alimentar, agrícola, têxtil, calçado, tintas e diluentes, etc…); (4) avaliar a sua performance e estabilidade bem como efetuar o seu scaleup.

As potenciais tecnologias a implementar no ponto 2 desta atividade podem englobar o desenvolvimento de sistemas de microencapsulação. Neste sentido será fundamental a definição das características das microcápsulas, a seleção da tecnologia mais adequada para o microencapsulamento, a seleção do agente de encapsulamento e a preparação dos microencapsulados com base nos compostos bioativos selecionados na atividade. Atualmente, já se encontram desenvolvidas algumas soluções que poderão ter aplicação imediata para algumas empresas, das quais se destaca a “Utilização de produtos naturais com atividade antimicrobiana à base de Tomilho bela-luz (Thymus mastichina L.) para utilização em queijos curados”.